Monday, September 6, 2010

LIBERDADE DE EXPRESSÃO


Cada vez mais, o hábito de tatuar a pele vem se tornando algo comum entre as pessoas, independente da idade, da profissão ou grupo social. Mas apesar desse processo de popularização das tattoos, todos os tatuados concordam em que algum momento do seu cotidiano eles ainda são alvos de algum preconceito ou discriminação. Diante dessa situação, vale refletir: porque a sociedade continua se incomodando, ou estranhando uma prática que acompanha o homem desde a Antiguidade?




Para os historiadores, a resposta remonta, provavelmente, nos vestígios religiosos da Idade Média. Naquela época, a Igreja Católica baniu da Europa toda forma de marca na pele: tatuagens cicatrizes, marcas de nascença eram consideradas coisas demoníacas, podendo levar o portador da “deformidade” a enfrentar o julgamento da Santa Inquisição, o tribunal montado para a punição dos hereges.

Acontece que, entre outras atrocidades cometidas pela igreja, esta foi uma forma de se tentar repelir qualquer influência de culturas não-cristãs sobre as sociedades comandadas pelo vaticano.

Desde o início da humanidade, cobrir o corpo com tintas ou fazer marcas definitivas na pele sempre foram símbolos de distinção social ou religiosa. Países distintos como o Egito, Indonésia, Nova Zelândia e Japão tiveram suas histórias marcadas pela ostentação de tatuagens com fins tribais e espirituais, ou para indicar o status social de cada pessoa.



Na Europa, aspectos religiosos também eram inspiração para tatuagens em diversas civilizações, principalmente os novos elementos e crenças à cultura cristã, banir tais indivíduos e seus costumes virou lei. Seguindo esse preceito, a Igreja declarou como malditos todos os que carregassem sinais oriundos de culturas pagãs, principalmente os que representassem uma ameaça ao controle político, como os berberes, mouros e povos do norte da Europa e Ásia – entre eles os hunos, que tinham costume de marcar o rosto dos homens adolescentes com cicatrizes, espécie de rito de passagem para a vida adulta.


FONTE: Revista Tattoo & Cia

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